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Festival, amizade e blogging friends..

Porto Côvo... here we go!

Foi uma semana de muito trabalho, boas notícias, espaço para novos e velhos amigos também.
Entusiasmada com a certeza de que dentro de dias estaremos em Porto Côvo, no Festival de Músicas do Mundo, durante o fim-de-semana. A correria começa, preparação do material, esticar painéis, polir brincos, reciclar peças, produzir novas. Preparar a banca. Rechear a carrinha... Só possível durante a sestinha do Si e um pouco à noite. E ainda tanto há a fazer.
Vai ser bom sair daqui, passar uns dias fora, mudar de ambiente, um pouco de praia... Sei que vai ser cansativo. O Simão ainda não está nada habituado a estas andanças mas vai ser bom!


Foi também uma semana bem diferente...
Pela primeira vez conheci alguém com quem só tinha contactado pela internet, neste caso, através dos nossos blogs e emails.

Uma tarde bem passada junto ao rio. Muito riso e bricandeira e a doçura das mãozinhas dadas entre o Simão e a Isabella! Conheci a Alice através do blog da Rima. Cativou-me. A viajem, "wheeled houses", a busca do sonho, neste caso -"a rural dream". Foi uma surpresa quando soube que vinham em direcção a Portugal, "the green heart of central Portugal", "Estrela Mountains". Desde então não deixamos de comunicar.

E mais uma recente bloggingfriend, (que espero conhecer no FMM, ou ainda antes - na sua Nemus), minha vizinha nos montes hermínios e que, tal como eu, encontrou aqui a sua casa.
(Serra da estrela, zona de Figueiró da Serra)

Apesar de poder ser incomum na minha geração, MIRC, chats e messenger passaram-me completamente ao lado.
Desinteresse total.
Nunca perdi tempo a cultivar amizades virtuais. Não sei porquê, mas acho que com os blogs é diferente.
Sorrateiramente "espreitamos" a vida, os pensamentos, as histórias de alguém. A sensação de que já nos conhecemos nasce antes sequer do primeiro contacto. Deixamos os nossos comentários, recebemos o feedback normalmente da mesma maneira.
Se há empatia, a relação nasce, estreita-se e nasce a possível amizade.

Não tenho amigos de infância. Crescer na errância de uma família mais ou menos nómada tornou isso impossível, mas a riqueza de experiências vividas, valeram bem a pena!
As poucas, boas e verdadeiras amigas que tenho vêm dos tempos da escola. Apesar de todas ter-mos escolhido e seguido caminhos diferentes, de sermos todas tão diferentes, gosto de cada uma, individualmente, muito.
A distância afasta-nos fisicamente. Deixei de participar e fazer parte do dia-a-dia de cada uma, e elas do meu. Afastou-nos sim, sem dúvida, mas a amizade prevalece.
Que post lamechas?! Sim, acho que sim... Mas sinto-me lamechas hoje!...
...E com saudades de velhos tempos!

Quando vivemos isolados, escolhendo o afastamento da sociedade, aprendemos a gostar de estar no nosso canto, a apreciar a paz e o sossego e a não suportar a multidão, a confusão, a própria ideia de sociedade. Não precisamos de mais nínguem senão estar bem conosco, com o nosso parceiro, o nosso filho.
Sinto-me um pouco "bicho-do-mato", e gosto.
Às tantas é por isso que gosto tanto do bichinho do Kafka n`O covil - (1923-24).

«Arranjei o covil e parece que me saí bem. Do exterior vê-se apenas um grande buraco, mas na realidade esse buraco não conduz a parte nenhuma (…) Porém, a uns passos do buraco, abre-se a verdadeira entrada, coberta por uma camada de musgo, que eu posso levantar: se há neste mundo alguma coisa segura é este lugar.»


Guardo com amor as recordações. Prezo a amizade, como um tesouro!
Novas amizades são boas. Têm sido raras.
É bom aproveitar, tanto que aprender e partilhar...

Comentários

  1. É preciso saber viver com o isolamento. Para mim não é fácil todos os dias porque gosto de partilhar, nem que seja um sorriso, uma gargalhada. Mas é verdade que a harmonia na família é fundamental! Faz nos sentir mais forte e mais unidos ainda.
    Podes quando voltares, contar sobre o Festival de Músicas do Mundo? Bom trabalho e bom fim de semana:)

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  2. Sim, às vezes o isolamento também não é fácil. O contacto com outras pessoas faz-nos crescer e sorrir.
    Claro que vou falar do Festival! Acho que vai ser óptimo!
    Beijinhos*

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  3. Adorei este post , também me sinto muitas vezes no meu covil e gosto bastante . Não sei viver de outra forma , mas não desprezo qualquer pessoa de si extrovertida e até mais ligada a banalidades, certamente terei muito a aprender com ela .Apenas somos diferentes e isso é optimo . A minha familia é reduzida a 5 pessoas já a contar com quem não mora cá em casa , mas nascer e viver sosinhas faz-nos conhecer melhor a nós mesmos e o que nos rodeia de uma forma e numa perspectiva mais madura. Sempre pensei que poderia viver em lugares de agitação e rodeada de gente quando era mais nova , não tivesse sido o facto de ser filha única , mas simplesmente e hoje sei-o é contra a minha natureza , então não existe qualquer infelicidade mas alegria em ser mais isolada .
    Tirando dias menos solareiros , onde tudo parece mais nubloso, mas hoje por acaso nem é um deles .

    Beijinho
    (Ainda há festival em sines no dia 19) ?Quero ir ver desde o ano passado pena que não vão beirut ,que cancelaram o ano passado mas venha quem vier será sempre um festival de qualidade garantida , um tesouro por descobrir !

    Vais trabalhar lá?
    Boa sorte!!

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  4. e está quase!!!:))estou ansiosa para montar a nossa barraquinha!!;)
    beijinhos**

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  5. Joana:
    Também sou um pouco como tu, não sei se é de mim, se da vida, não sei fazer amizades, quando procuro aprofundar relações apenas me surgem pessoas de interesses e situações dúbias.
    Quando busco alguém que me compreenda, fugir às angústias e acalmar o espírito, tenho necessidade de me evadir ao encontro da natureza, a única paixão em que não existe traição.

    Beijos.

    Carlos Gonçalves

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