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Fevereiro passou num ápice (mas não foi mês fácil)... E mais dois se juntam ao gangue


O que as geadas queimaram, a chuva e o sol ajudaram a recuperar e neste momento tudo está verde, a renascer ou a brotar.

As ameixieiras, os pessegueiros bravos, estão em flor. Também os narcisos (que são sempre os primeiros a abrir), os jacintos, os muscari (muscari armeniacum), viburniuns, ... a festa de cores e perfumes está a começar. Também os narcisus do mondego, espécie endógena protegida, prolifera em todo o vale.

Por aqui continuo a ter dificuldade em conciliar as minhas rotinas de trabalho/criação com as aulas online dos dois filhos. Passo dia a ouvir burburinho das aulas aqui e ali (nenhum dos meus filhos quer usar head-phones...), tenho de manter o silêncio... Fico desconcentrada, tipo barata tonta, e termino o dia com mais mil cabelos brancos. Muitos de vocês devem saber bem do que falo...

Felizmente vieram alguns dias bons que me permitem passar uma boa parte do tempo fora de casa, a jardinar, estender roupa, ou a tratar de coisas da quinta... Mas só ao fim dia consigo adiantar projectos no computador, ou pintar.

Fevereiro passou num ápice... mas não foi mês fácil, na verdade nunca é.

Analiso anos anteriores e, por uma razão ou outra, fevereiro é quase sempre um mês de obstáculos dores e lutas, falta de saúde ou dinheiro... Este ano também não foi fácil, mas na verdade também não me posso queixar por aí além, apesar de tudo, desta pandemia louca, do confinamento e todos os etcétras associados, sobrevivemos. Mas por casa de amigos próximos as coisas foram diferentes e isso deixou-me em baixo e com um sentimento de impotência. Houve falta de saúde, houve perdas, houve abraços que não se puderam dar.

No meio da loucura dou graças pelo pouco que tenho, que é na verdade uma grande riqueza. O ar que respiro, nesta imensidão de montanha. A minha casa, que pode não ser a mais luxuosa e confortável, pode nem estar acabada ainda, mas é minha e não é fechada no alto de um prédio, tem uma terra que a rodeia onde eu posso correr livre sem máscara todos os dias. onde eu cheiro as minhas flores, e vejo a natureza, e como cada pedacinho dela acorda lentamente deste inverno longo, demasiado longo...

Cada dia de céu azul traz um sorriso. Cada raio de sol toca o meu ser bem no fundo.

Renasço também, mas lentamente e com retrocessos... o inverno ainda não acabou.





Não posso terminar este post sem apresentar os dois novos habitantes na quinta.

O Kobe e a Maia são um bode e uma cabrinha anãos que os meus sogros nos ofereceram. Nasceram em Outubro e são uns adolescentes de 4 meses com energia para dar e vender. 

Nestas fotos estão dentro de um espaço grande vedado, com as galinhas, foi o primeiro dia de adaptação... não queriam nada connosco!... Agora, passadas duas semanas, já brincam, seguem-nos, marram nos meus joelhos, pedem festa, mordiscam os meus dedos, exploram o infinito e mais além... e eu tremo de pensar que um dia arranjam forma de passar para o lado das minhas flores... !!!


Abraço

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Joana




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